Perfídia

Através de uma nova montagem, a Cia de Teatro O Cidadão de Papel resolveu debater sobre a dicotomia entre ser ator e ser personagem... Até onde vai esse limite dessa separação? Como as personagens podem influenciar a personalidade de um ator/atriz e vice versa?

Diante disto, resolvemos levar aos palcos o dia-a-dia (vida cotidiana) de um grupo de atores na produção de uma peça de teatro e na filmagem de uma telenovela. O espectador poderá ainda sentir o clima dos bastidores desses meios, com todas as paixões e conflitos envolvidos. Para tanto, encenamos o texto Perfídia (1988) do autor Aziz Bajur.

Em Perfídia existem três planos: a gravação da telenovela, o ensaio da peça de teatro e os bastidores desses dois ambientes – representados pela sala de maquiagem e pela rouparia. As personagens Dolores, Cíntia, Gaspar, Ivan, Araujo e Catchup são os atores na trama, porém, estes se desdobram em outros papéis, que são as personagens que tais atores representam na telenovela e na peça de teatro.

As paixões e as intrigas vividas pelas personagens, tanto da peça teatral quanto da telenovela, acabam por interferir e transformar as vidas dos atores – também personagens - que as interpretam. Logo, Perfídia – que também é o nome da telenovela na dramaturgia –, ao brincar com os planos e com as múltiplas representações, apresenta uma relação de metateatro, ou seja, de teatro dentro do teatro, ou ainda, de cena dentro da cena, que, certamente, envolverá o espectador neste universo.

Serviço:
Espetáculo Perfídia
Local – Café Teatro Sitorne (Rio Vermelho)
De 21/11 a 13/12 – Sextas e Sábados
Horário – 20:00
Valor – R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 reais (meia)