quarta-feira, 17 de junho de 2015

terça-feira, 9 de junho de 2015

Contos de fadas, bichos e gente

SITORNE CIA DE TEATRO INSPIRA-SE NA COMMEDIA DELL ´ARTE PARA MONTAGEM DE ESPETÁCULO PARA CRIANÇAS

A Sitorne Cia de Teatro estreia espetáculo voltado para crianças inspirado na Commedia Dell´arte, estilo de teatro do renascimento Italiano, com a característica principal de não ter “texto” definitivo com atores improvisando a partir de roteiros de ação. Também eram características o uso de máscaras, palcos ao ar-livre e interpretação de tipos fixos como casais de namorados, velhos ranzinzas, soldados valentões e criados espertos. 

A estética da Commedia Dell ´arte está presente em diversos espetáculos encenados da Sitorne Cia de Teatro (“Escola de Mulheres no Balanço do Reggae”, o “Moribundo Equivocado” “As Sabichonas”, “O Santo e  Porca” e “A Megera Domada”), linguagem preferida pela diretora Teresa Costalima.

O projeto de “Contos de fadas, bichos e gente” foi desenvolvido em aulas de improvisação para teatro no Curso Técnico-profissionalizante: Formação de ator, principal atividade do Sitorne Estúdio de Artes Cênicas, escola que se dedica há vinte anos a formação de artistas.   

A proposta da peça consiste em apresentar contos da tradição oral brasileira, com histórias que se perdem no tempo e passaram por diversas transformações. Tomamos como ponto de partida a coleção “Histórias á Brasileira” de Ana Maria Machado, onde a conhecida autora de histórias para criança reconta enredos ouvidos na sua infância como: A festa no céu, O casamento de D. Baratinha, A Moura torta, Pimenta no cocuruto, João Bobo e outras. Foram  somadas às historias, cantigas de rodas, trava-línguas, parlendas e charadas.


Em “Contos de fadas, bichos e gente” o elenco é sorteado na hora da cena e através de jogos de improvisação contam as histórias que servem como roteiro, revezando-se entre os personagens, narração e canto. Cada personagem dos contos foi associado a um dos tipos fixos da Commedia Dell ´arte e composto a partir de desenhos corporais e vocais, com o uso mínimo de elementos de cena como chapéus e capas. As crianças são convidadas a participar, interferindo na trama e contribuindo com a construção das cenas, criando assim, um espetáculo diferente a cada dia.